segunda-feira, 27 de junho de 2011

SAÚDE NA UTI



O Sindicato dos Médicos de Campos divulgou uma Nota sobre a situação do Hospital Ferreira Machado. Confira como anda a Saúde do município que arrecada R$ 2 bilhões por ano.

CAOS

Estivemos visitando o Pronto Socorro do Hospital Ferreira Machado na 4ª feira dia 22/06 para apurar denuncias da assembleia do dia 21/06, de que o barulho das obras realizadas naquela unidade estaria além do tolerável, tornando insuportável o trabalho naquele local.

Encontramos o caos! Pacientes em todos os leitos; quase vinte pacientes típicos de terapia intensiva, seis deles numa enfermaria comum, todos que estavam na Unidade de Paciente Graves (que não é uma unidade de terapia intensiva) encontravam-se em ventilação mecânica.

O corredor encontrava-se lotado de pacientes em macas aguardando transferências para a rede conveniada/contratada sem sucesso.

O PS do HFM, como referencia regional de trauma, recebe pacientes de toda a região estando superlotado, com a sua capacidade esgotada e tem dificuldades a cada dia maiores para transferir os pacientes após sua estabilização. Em resumo: uma “represa” com uma grande porta de entrada quase sem portas de saída.

É nas emergências que aparecem as falhas e mazelas de um sistema de saúde. Se os programas básicos de prevenção e promoção da saúde, a assistência primaria e secundária não funcionam, se a vigilância sanitária, saneamento, educação etc. deixam a desejar, suas consequências sobrecarregam o pronto socorro com o aumento do número de casos de doenças graves como acidentes vasculares cerebrais, infarto agudo do miocárdio, doenças infecciosas graves, intoxicações, acidentes de transito, violência etc.

O desgaste provocado pela sobrecarga de trabalho no PS do HFM é muito grande. Há manifestações de desesperança entre os colegas. É difícil encontrar médicos para cobrir as folgas e as faltas. Algumas equipes estão desfalcadas. Muitos adoecem, outros pedem demissão. Os que ficam são guerreiros!

A situação dos pacientes é dramática. Inaceitável.

Acreditamos que é possível encontrar e implementar medidas imediatas que possam minimizar e resolver a situação descrita e pretendemos discuti-las com os gestores e setores da sociedade. Para tanto estamos articulando uma visita conjunta do SIMEC, CREMERJ, VICE-PREFEITO, SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE, DIRETOR DO FERREIRA MACHADO E MINISTÉRIO PUBLICO ao PS do HFM para a próxima semana.

Ainda não perdemos a esperança!

SIMEC - Sindicato dos Médicos de Campos

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