Senhor Presidente, Nobres colegas Vereadores, Público presente, meus amigos blogueiros e Grupo Folha da Manhã.
Na quarta passada, me deparei com a notícia no site Folha da Manhã, da decisão do Ilustre Magistrado da 4ª Vara Federal de Campos no que tange ao processo da Operação Telhado de Vidro.
Pensei muito quando li aquilo, pensei em várias atitudes, por um instante fui tomado pela raiva, mas respirei fundo e achei melhor aguardar para ver as reações de todos.
Como já esperava, assisti mais uma vez a covardia e submissão alheia de muitos que naquele tempo viveram intensamente àqueles momentos em todos os seus sentidos.
Por outro lado, fiquei muito feliz, pois apesar de não figurar como parte naquela ação, dela participei como se fosse pelos motivos que agora relembro e, como prova de tudo que falei e representei a época contra os verdadeiros atores daquele teatro.
Primeiro, ressalta-se que até a presente data da operação, fui adversário político do Prefeito a época Sr. Alexandre Mocaiber. Todavia, mesmo contrário àquela administração, mas diante ao meu caráter e estilo de vida, não poderia me furtar em ajudar as pessoas e concordar com a COVARDIA que estava sendo concluída com a finalidade exclusiva de tomar o Poder a qualquer preço que fosse, pois há menos de um ano para o processo eleitoral da época e, sem querer rasgar seda pra ninguém, pois não é de meu feitio, somente um tsunami como foi aquela “operação orquestrada” tiraria a vitória do político mais querido da história desta cidade que é Arnaldo Viana. Sempre fui um político independente, mas já fiz campanha no Grupo de Garotinho e no de Arnaldo e a afirmação acima é incontestável.
Sendo assim, conforme já denunciado e devidamente representado a época nos órgãos competentes, fui convidado por Garotinho para um acordo político que tinha como interlocutor o Vereador Edson Batista que propôs o seguinte: --Vão ocorrer prisões e o afastamento do Prefeito, caso a prefeitura caia no teu colo, você nos dá 4 secretarias ou caso Roberto Henriques assuma ( pois já estava rompido com Mocaiber e alinhado a Garotinho), você terá 4 secretarias.
Pois bem, como minha oposição era só eu e Dr. Geraldo Venâncio independentes, firmei o acordo, pois mesmo não sendo do Grupo de Garotinho, este, também era de oposição.
Essa conversa teve início em setembro de 2007 com detalhes sórdidos e pormenores de tudo que acontecia e ainda estava por acontecer, porém mesmo com “Meu Guru” contando aquilo tudo, custava a acreditar, pois havia sempre muito boato. Eis que no fim de Janeiro de 2008, recebi a visita do Meu Guru Edson Batista que me informou restar apenas o grampo de Edmundinho, Secretário de Fazenda, pois o que tinham não era suficiente. Assim, como sempre fui bem tratado por este que mesmo sabendo que eu era contrário politicamente nunca misturou o pessoal com o político, pedi que o informasse a respeito de tudo, bem como fiz com todos os colegas vereadores entre outros.
Logo, como o Companheiro Edmundo foi o único a me ouvir, não foi preso, muitos menos e por precaução estava em casa no dia, pois também o alertei sobre a data da operação, tendo somente sua casa revistada por força de uma mandado de busca e apreensão. Fui informado com precisão no domingo antes da operação que a mesma seria na terça 11/03 pelo colega Edson Batista que foi em minha casa e ainda colocou Garotinho na linha comigo que me indagou: -- Presidente, tá tudo certo para terça? Nosso acordo está de pé? Respondi positivamente e desliguei.
No dia da operação, cheguei a Câmara com meu filho às 6 da manhã, pois já sabia que seria um dia muito agitado. Não demorou poucos minutos para mesmo trancado na Casa Legislativa, ouvir e ver todo aquele cenário que mais parecia um filme de ação.
Ao invés de uma ação de polícia para pessoas aparentemente tranquilas, sem antecedentes, um aparato enorme com uso indevido de meios cuja finalidade era única e exclusivamente denegrir a imagem dos, até então, acusados de suposta prática ilícita. Pessoas jogadas ao escárnio público, algemadas e acorrentados uns aos outros como não vi ocorrer nem na Prisão de Nem ou Beira Mar. Que resistência poderia oferecer Dr. Alex, Puglia, Francisco de Assis, Seu Geraldo Seves, um homem de quase 80 anos, baixinho, todo acometido de câncer pelo corpo que até meu filho de 8 anos consegue segurá-lo, divulgação com transcrições oficiais do grampo telefônico da operação que a rádio e o Jornal de Garotinho transmitiam em primeira mão e com exclusividade, afinal, não bastavam as prisões mas sim a forma masoquista que o Líder daquilo tudo queria.
Ademais, mesmo contrário àquele grupo, como presenciar todas aquelas barbaridades que Garotinho mandava fazer, como mandar seus cabos eleitorais para o aeroporto para jogarem tomates nos presos dando a impressão de que era revolta popular, daquele mesmo jeito picareta que faz quando alguma decisão judicial o ameaça e ele dá a ordem pra turma da boquinha fechar a BR. Como pode, mandar o puxa saco do Tiago Ferrugem (aquele mesmo que invadiu esta casa por ordem do Chuky para agredir a esposa do Presidente na ocasião, seu próprio irmão) cuspir no rosto de Dr. Alex quando o mesmo algemado e indefeso chegava para depor.Apesar de conhecê-lo pouco, por pior que seja um homem, não se cospe em sua cara principalmente quando este não pode se defender. É como bater em bêbado ou chutar cachorro morto, mas, é nesta hora que conhecemos quem é você, menino de Garotinho.. Só pra encerrar a parte que lhe cabe, me recordo bem sua valentia quando de sua baderna aqui nesta casa, pois quando o circo pegou fogo foi o primeiro a correr.
Porém, por que se assustar, por que ficar perplexo com os fatos acima, se a pior barbárie estava sendo cometida por aqueles que tinham o dever de zelar pela justiça, pela ordem pública, pela correta aplicação das leis e do Modus Operandi daquele “Teatrinho do Garotinho”.
Após a operação, passados 2 semanas, quase todos os secretários já nomeados e Garotinho não havia cumprido o combinado (o que lhe é peculiar) e ainda por cima, tenta me impor, tal qual faz com seus capachos que cassasse Mocaiber pela Câmara urgente, pois temia que uma decisão superior revertesse a de 1ª instância solicitada pelo “Nobre e Isento Procurador, Grande conhecedor e Fiscal da Lei, Dr. Eduardo Oliveira, o homem que conseguiu enxergar valiosíssimas provas, culpabilidade dos agentes, diversos crimes, que uma quadrilha havia se instalado na prefeitura e não satisfeito claro, enxergou ainda ter competência para atuar no caso. Logo, como não o fiz, pois mesmo afastado, tinha o Prefeito maioria na Câmara, além de não se coadunar com meu caráter, pois o nome disso para mim é Golpe e não cassação e mais, isto não fazia parte do acordo.
Por derradeiro, fui assim como meus pares a época bombardeados pelo Garoto Mimado na sua rádio que só a justiça não sabe, ou melhor, não quer ou, não consegue provar ser de sua propriedade. Assim, a partir daí, me tornei adversário dele, pois homem nenhum no mundo vai me impor nada, todos, somos livres para nossas escolhas, mas para esse Garoto, só presta quem aceita viver embaixo da sola de seus pés.
Entretanto, apesar dos relatos acima, nenhuma de minhas representações foram respondidas; fui processado pelo Nobre Procurador por calúnia, pois aqui na tribuna desta casa, afirmei que tudo aquilo era um circo armado. Pessoas foram presas, ceifadas de seu convívio familiar, de suas profissões, seus filhos achincalhados nas escolas, suas rendas bloqueadas assim como seus bens, muitos passando necessidade em casa, avacalhados na cidade pela imprensa local e nacional como bandidos, mas nada disso importa, pois o objetivo do Circo estava alcançado: A CONQUISTA DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS com base no enorme desgaste por conta do escândalo e num marketing violento na campanha eleitoral e em seus órgãos de imprensa do quais, em época eleitoral ele se torna o redator chefe (mas que só o TRE e o TSE não vê) que viria em cima da Operação que afetou Mocaiber que fora indicado por Arnaldo.
Se me cabe comparar Garotinho a um filme, este com certeza é: UM CRIME DE MESTRE. Tenho que reconhecer a sua enorme inteligência, mas lamento por sempre utilizá-la para o mal na busca desenfreada do poder completamente desprovida de pudor e respeito ao próximo onde o que importa única e exclusivamente é a sua vontade, custe o que custar.
Destarte, como acredito que pra tudo aquilo que plantamos, colhemos aqui, prefiro conseguir o êxito no sacrifício sem precisar atropelar ninguém.
Quero por fim, externar minha decepção, não no tocante aos membros do Poder Público responsáveis por esta covardia, ou melhor, ação, pois disso eu já sabia, disse e denunciei a época, não é mais novidade para ninguém, digo o mesmo em relação a Garotinho, mas, sim, em relação à todos aqueles que foram chamados de ladrões, covardes, corruptos, caluniados e difamados por jornal e rádio, hoje chapa branca, mas que até então assim como seu dono atacava até o Grupo Folha disso, ou seja, ninguém foi poupado, repito, ninguém.
Mais difícil ainda é enxergar como comprei uma briga que não era minha para hoje presenciar muitos, mas muitos mesmos, tais como vereadores, lideranças, repórteres, empreiteiros, assessores de confiança, secretários municipais e até o principal alvo da ação, Sr. Alexandre Mocaiber que hoje endossa a fila de seguidores e submissos do Casal Ditador por conta de migalhas, outros por medo ou rabo preso, uns por necessidade, mas nenhum de coração e, essa certeza que me conforta.
Não vou citar aqui mais nomes porque com toda a certeza ultrapassa mais de 300 pessoas, mas que as conheço nos olhos e por inúmeras vezes em meu gabinete ou em minha casa, lá estavam assustadas me pedindo para atacar Garotinho porque ele não podia fazer aquilo, não podia falar de mim, porque me chamou de ladrão, etc.
Quanto a Você Mocaiber e a tantos outros que falei, saibam que jamais me arrependi do que fiz, pois mesmo não te conhecendo bem naquela época e a tantos outros, presenciei a dor de teus filhos, de sua esposa, a sua, a vergonha que passaram não por conta de ilicitudes, mas sim pelo pré-julgamento, pela covardia e o abuso de poder que sofreram. Os tremores e medos de muitos colegas atacados sem motivo aparente pela rádio ou jornal e, mesmo quando algum motivo havia, tentava de alguma forma ajudar.
Desejo de coração que não se arrependam de suas escolhas e do caminho que optaram, pois o arrependimento da consciência é doloroso.
Quanto ao circo.... Só tenho a dizer que justiça não se faz daquela forma, pois há pessoas ou ações que mancham uma classe ou uma categoria, mas o que posso fazer se optei estudar matemática e eletrotécnica... Para mim, qualquer suspeita, me torna um bandido, réu num monte de processos. Já para o Nobre Procurador Dr. Eduardo e todos os demais responsáveis naquele caso, não dá nada, né? Pois foi apenas um erro de interpretação na aplicação da lei, né querido Procurador? E mesmo que fosse uma falta grave ou um delito de V.EXa., o máximo que ocorreria de punição seria uma aposentadoria compulsória com um pomposo salário no fim do mês, já pra mim, CADEIA E FICHA LIMPA!!
Quem mandou eu não estudar mais...
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